Natal que Satisfaz

Débora Venturini
24 de dez. de 2024
2 min de leitura

Vem a chegar o frio, com ele luzes e decorações por todas partes, as músicas desta época já ecoam pelas ruas, assim como o barulho das muitas pessoas que andam de um lado para o outro à procura de prendas. Os chocolates diferentes começam a chegar aos supermercados, assim como os lombos e os borregos, as castanhas e os bolos rei. Os funcionários do comércio trabalham incansavelmente sob a pressão de faturar mais, afinal, esta é a altura ideal, o Natal está a chegar.

Estamos saturados com todas as coisas boas e gostosas dessa festividade, pensamos na noite de Natal com anseio e sobrevivemos os dias até lá chegar. Mas passa tão depressa. De repente acaba, e com o dia, também vai-se a "alegria". Será que estamos satisfeitos de vazios? Será que estamos satisfeitos de correr atrás de clientes, de prendas, de experiências, de comidas, do vento?

Enquanto o dia 24 e 25 se aproximam, os corações sentem um vazio, não porque deixaram de visitar a todos os mercados, vilas e árvores de Natal, nem porque deixaram de comer todas aquelas coisinhas boas ou porque não gastaram algum dinheiro em prendas. O vazio faz barulho porque falta o essencial, sim, falta Jesus.

Alguns longe de casa, como eu, outros ao lado de todos os amados. Alguns muito felizes, outros com notícias tristes. Alguns a lutar pela vida, outros a receber tudo de borla. Alguns a ganhar muito dinheiro, outros a juntar trocos para a ceia. Parece um mundo injusto, e de facto o é. Parece tudo sem sentido, e muitas vezes é. Parece que perdemos os dias a correr atrás do vento, e de facto os perdemos.

Naquela noite, naquela silenciosa noite do primeiro Natal, numa simples e humilde manjedoura jazia o Príncipe da Paz, Aquele que dá significado ao vazio dos corações. O Emanuel, que nunca nos deixa sós, mesmo quando estamos longe daqueles que amamos ou rodeados de sorrisos falsos. O Maravilhoso Conselheiro, que nos guia a cada dia. O Deus Forte, que nos anima a continuar. O Pai da Eternidade, que nos dá uma esperança. Sim, em sua forma mais vulnerável jazia o Rei dos Reis, que veio para silenciar o barulho do vento, do mar, do vazio, e oferecer aquilo que a humanidade mais precisava, e precisa: a salvação. Sim, Aquele cuja manjedoura apontava para a cruz, cuja dor traria cura, cujo tormento traria paz.

Oh, que mensagem gloriosa, que transforma, que alegra, que satisfaz realmente!

No meio da tristeza e do vazio do Natal comercial, Jesus, o verdadeiro Natal, é a razão da temporada e de todos os nossos dias, é o Natal que deveras satisfaz.